quinta-feira, 27 de junho de 2013

Fique atento!


Brigadeiro para ser bom tem que ter chocolate de verdade, e com boa porcentagem de cacau: 32%, pelo menos. Apesar do nome sugestivo alguns achocolatados vendidos no mercado tem pouquíssimo chocolate em sua fórmula. A conta é sempre a seguinte: se tem 32% de cacau, significa que os outros 68% restantes são de açúcar. Quanto mais cacau, melhor. Fique atento ao rótulo da sua marca favorita.

Graduações de cacau mais comuns

Chocolate amargo – 70% a 100%

Chocolate meio-amargo – 50% a 69%

Chocolate ao leite – 30% a 49%

Chocolate branco – 0% de cacau e 33% de manteiga de cacau
Fonte: O livro do brigadeiro
Imagem: O globo

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Popular ao Requintado


Brigadeiro Gourmet

Do popular ao requintado

O brigadeiro é um dos doces mais consumidos no Brasil. E, apesar da enorme popularidade, sempre foi considerado um docinho de festa de criança. Como dizem que gente pequena não tem lá muito paladar, a receita nunca foi valorizada a ponto de ocupar a mesa em outras ocasiões além de aniversários e reuniões informais.

Estigmatizado como um doce popular, o brigadeiro ficou restrito às panelas domésticas e não teve, digamos, o mesmo upgrade dos docinhos da moda. A trufa de chocolate, por exemplo. Ela desembarcou da Europa num calor senegalês de 35 graus Celsius e foi recebida por aqui como a celebridade dos doces. Mal chegou e já estava desfilando nas bandejas de festas (de casamento, inclusive). O macaron, suspiro francês empertigado, teve a mesma recepção honrosa. Repare, está em todas as mesas de festas. Já o brigadeiro, que nasceu e se criou neste país, sempre se acomodou como pôde, em desajeitadas bandejas de papelão que nunca foram além dos limites das festas infantis.

Talvez isso explique o fato de a receita ter perdido qualidade com o passar dos anos. Chocolate em pó e manteiga, por exemplo, que não podiam faltar em um bom brigadeiro, passaram a ser interpretados, em muitas receitas, como sinônimos de achocolatado e margarina. O resultado é aquela eterna sensação de que o brigadeiro da infância era infinitamente melhor. E acredite, era!

Para salvar a pátria o brigadeiro gourmet. O brigadeiro gourmet é uma reinvenção do brigadeiro clássico que leva só os melhores ingredientes. Em vez de achocolatado, um bom chocolate, de preferência importado. No lugar da margarina entra a manteiga, que é rica em leite e tem sabor incomparável. Para ter sobrenome gourmet, o brigadeiro também deve ter uma boa apresentação, que permita a ele circular com desenvoltura em qualquer ambiente.

Fonte: O livro do brigadeiro

Você sabia?


Você sabia que brigadeiro só existe no Brasil? É uma instituição nacional, assim como futebol, a caipirinha e o carnaval. 
O brigadeiro, o doce, ficou conhecido em 1945, durante a campanha do brigadeiro Eduardo Gomes pelas eleições presidenciais.
O docinho de chocolate, até então quase anônimo, era preparado pelas eleitoras mais prendadas do político e servido nas festas de campanha como sendo “o preferido do brigadeiro”. De tanto ser apresentado desse modo o docinho, que não tinha nome, passou a ser chamado de “brigadeiro”. 

Negrinho

Diz a lenda que, antes de se chamar brigadeiro, o docinho de leite condensado, chocolate, manteiga e gemas tinha outro nome: negrinho.

Tudo indica que ele teria sido inventado no Rio Grande do Sul, possivelmente por uma dona de casa muito loira que achou exótica a cútis marronzinha do doce.

Os gaúchos, ao que parece, não fizeram muita festa para o chocólatra Eduardo Gomes.

O Rio Grande do Sul é o único estado do Brasil que ainda chama brigadeiro de negrinho.
 
Fonte: O livro do brigadeiro